quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

bem...meu bem

Meu bem.,Você viverá coisas,Contará histórias...E na maioria delas eu não estarei lá. Mas você sabe quais histórias são e guardarás em uma caixa e abrirás quando se sentir triste e azedo como agora. Lembrarás de como eu sorria e como me calava. De como éramos casal dos anos cinqüenta, te lembrará de hoje como um sonho “bom”. Lembrarás das minhas mãos e dos meus passos e de como me esforcei para você conseguir ver beleza e alegria nas coisas pequenas. Surpresas,Carinhos, Abraços... amontoados de saudade... Esse mistério todo e silêncio e olhares ocultos e cheio de camadas e camadas e camadas e camadas e camadas...
Meu bem. Somos dois loucos amontoando e compartilhando loucuras que só a noite consegue ver, pois são tão luminosas. Que os sonhos eram tão esquizofrênicos, era verdade. Mas a verdade que não sabemos era que essa é a realidade. Somente evitamos... E tentamos evitar, evitamos o tempo todo. Nós sabemos mais coisas do que pensamos saber e nunca sabemos a hora, somos assim. Não que falemos coisas erradas, não, simplesmente não falamos, vulgarizar palavras é algo errado e não há nada mais profundo que o silêncio, meu bem. Você está indo embora e tenho tanta coisa pra te falar. Vou sentir saudades. Vou sair por aí e ser uma pessoa muito mais grosseira do que realmente sou e vou ficar feia e usar roupas horríveis. Vou olhar pra minha mão e me lembrar da tua que tocava nela de um jeito que só você sabe, meu bem. Eu queria ter te conhecido melhor. Vivido mais com você e agora você vai embora e conhecerá pessoas ótimas e se esquecerá de que eu era, até certo ponto, interessante. Cara, como a nossa forma de ser,de ‘tudo’,era diferente...tão não convencional;toda a alegria, e a tristeza também, é claro, mas disso nada adianta. O que valia, meu bem, era a intensidade. Coisa que sempre teve, que foi a intensidade. Você vai crescer, mudar e voltar. Talvez te veja em um lugar por aí e pense quem é esse cara ?esquece... e daí chegar em casa, fazer o café e me lembrar 'ah...aquele cara...'. Os dezembros. Os dias. A grama.
Que medo eu estou. Me salva como te salvei ‘e como você me salvou?’.
Que história..e que triste eu estou de você estar partindo agora e ter me partido por completo indo embora pra um lugar longe o bastante pra não me ver, mais longe do que os olhos alcançam, e talvez, mais distante que a mente alcance...
Meu bem. Volte logo e me conte todas as suas histórias.

Um comentário:

PauloScap disse...

Oi thiná nunca mais vim aqui, tá de cara nova o blog ei eu to com outro blog agora, quer dizer tô com esses dois, add esse nos teus 'preferidos' bjos aparece ^^